Ross Wallace, estudante do Doutoramento em Psicologia, defenderá a tese intitulada "Representing Renewable Energy Communities: a social psychological approach to imagining the future". As provas públicas estão agendadas para o dia 15 de novembro de 2024, às 10:00 na Sala de Atos, (Edifício 1 - Reitoria) do Iscte-Instituto Universitário de Lisboa. E online através do link: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/97490543317
Alterações de sala e ligação Zoom poderão ser atualizadas no site do Iscte.
Resumo
Esta dissertação adota uma abordagem crítica qualitativa para examinar como o futuro é representado na interseção entre a construção de significados aos níveis institucional e quotidiano, em relação às transições nacionais para energia renovável e particularmente às "Comunidades de Energia Renovável" (CERs), em Portugal. As CERs, introduzidas pela União Europeia, visam mobilizar a ação coletiva para a produção e consumo local de eletricidade renovável, e estão agora a ser integradas em Portugal, um país com alta produção de energia renovável, mas com problemas de participação pública e pobreza energética. O estudo analisa instituições formais (políticas e leis), que definem o que é possível, provável e desejável nos sistemas de energia, bem como a sua interpretação pelos sistemas mediadores (mídia e especialistas em energia) e público. Teoricamente, a pesquisa articula a teoria das representações sociais com a teoria das convenções. Empiricamente, a dissertação inclui quatro estudos. O Estudo 1 examina a representação dos futuros energéticos e das CERs nas políticas nacionais. O Estudo 2 investiga como os especialistas em energia interpretam as leis das CERs e imaginários energéticos futuros. O Estudo 3 analisa as representações das CERs na imprensa escrita. O Estudo 4 explora como diferentes "públicos energéticos" - participantes das CERs e aqueles afetados por grandes centrais solares - percebem o futuro energético. As principais conclusões destacam tensões entre noções concorrentes do bem comum nas CERs e discursos do futuro para legitimar modelos de CER que priorizam interesses comerciais e privados, obscurecendo a ação coletiva e benefícios sociais mais amplos.
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