O projeto kNOwHATE, liderado pela investigadora Rita Guerra do CIS-Iscte, divulgou resultados preliminares sobre o discurso de ódio online em Portugal. O estudo analisou 24.739 comentários no YouTube e 29.846 tweets, revelando padrões consistentes com investigações nacionais e internacionais.
© 2017 goumbik | Pexels
A análise focou-se em comentários de 88 vídeos do YouTube e tweets de 2.775 conversações. Foram selecionados conteúdos portugueses com potencial para gerar discurso de ódio, incluindo vídeos com pelo menos 100 comentários e 1.000 visualizações, e tweets geo-localizados em Portugal.
Foram examinados tanto o discurso de ódio direto quanto o indireto, sendo as formas indiretas mais prevalentes. Em termos de conteúdo emocional, o ódio foi mais comum no discurso direto, enquanto a raiva dominou o discurso indireto. O estudo encontrou diferentes expressões emocionais nas comunidades alvo: a raiva foi mais prevalente contra as comunidades LGBTI+, enquanto o ódio explícito foi mais comum contra as comunidades Ciganas e Migrantes.
O contradiscurso foi mais frequente no Twitter (X) do que no YouTube, caracterizando-se pelo recurso a contra-estereótipos, empatia e identidades inclusivas. O estudo destaca a necessidade de abordagens culturalmente sensíveis para melhor compreender e combater o discurso de ódio online.
Para a notícia completa, visite o site do projeto: https://knowhate.eu/pt-pt/2024/05/24/depois-de-analisados-dezenas-de-milhares-de-comentarios-e-tweets-estes-sao-os-resultados-preliminares-do-projeto-knowhate/
Comments